Por Adelson Vidal Alves
A política democrática se
orienta por princípios, entre os quais o pluralismo, demonstrando capacidade de
reconhecer a complexidade do mundo democrático, construindo alianças para além
de certezas intactas. A busca é sempre por consensos, e o fim nunca é a vitória
esmagadora de ideias pré-estabelecidas, mas a síntese dialética de diálogos que
se constroem em respeito a realidade histórica do momento. Sectários não agem
assim. Certos de suas verdades de fé, isolam-se em seus discursos, não formam
força de governo, atentando-se apenas em testemunhar sua pureza ideológica.
Agem por voluntarismo, desconsiderando a vida real. São exageradamente
sonháticos.
Diferenciar essas duas formas
de fazer política é importante. A
primeira trabalha fazendo concessões, sempre com o olhar flexível em busca de
um bem comum. Dentro dessa concepção que podemos começar a vislumbrar uma
alternativa de poder na cidade de Volta Redonda.
Na câmara de vereadores foi
lançada a frente “Volta Redonda unida” em torno da candidatura a prefeito do
deputado estadual Nelson Gonçalves (PSD), que reúne partidos de variadas
vertentes políticas, setores sociais médios e subalternos, de trabalhadores a
empresários, de religiosos a pensadores laicos, de liberais democráticos a
pós-comunistas. Uma ampla aliança com programa coeso, estratégia focada em
superar o atual ciclo de governo, esgotado por sua própria incapacidade de se
renovar nos termos da democracia. Em português claro, visa-se derrotar, na
política, o grupo sinistro que formou-se a favor da continuidade: América
Tereza/Antonio Furtado/Edson Albertassi. Tal grupo é a mistura perversa entre o
fisiologismo, o autoritarismo policial e o fundamentalismo religioso.
Falando na convenção que
garantiu sua candidatura, Nelson assumiu bandeiras progressistas. Citou Darcy
Ribeiro e revelou o sonho de recuperar a educação integral. Também citou
medidas para alavancar o crescimento econômico, distribuindo renda e gerando
empregos.
O tom da convenção, que se
firmou como ato político plural, foi sempre o da esperança. Não a esperança que
ilude, mas a que nasce das necessidades da realidade, sempre possível de ser
concretizada, pois está sempre lidando com gente real, com coisas reais,
fugindo do idealismo ingênuo.
Por isso, se faz tão ampla, por
isso cabe na cabeça de tanta gente diferente, por isso incomoda os que veem
suas ambições de poder serem ameaçadas. Não por inconsequentes, mas por quem
faz política na seara da democracia. A tudo isso eles temem. Por isso temem
Nelson Gonçalves.
Muito bom!
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