segunda-feira, 25 de julho de 2016

Nasce uma esperança

Por Adelson Vidal Alves



A política democrática se orienta por princípios, entre os quais o pluralismo, demonstrando capacidade de reconhecer a complexidade do mundo democrático, construindo alianças para além de certezas intactas. A busca é sempre por consensos, e o fim nunca é a vitória esmagadora de ideias pré-estabelecidas, mas a síntese dialética de diálogos que se constroem em respeito a realidade histórica do momento. Sectários não agem assim. Certos de suas verdades de fé, isolam-se em seus discursos, não formam força de governo, atentando-se apenas em testemunhar sua pureza ideológica. Agem por voluntarismo, desconsiderando a vida real. São exageradamente sonháticos.

Diferenciar essas duas formas de fazer política é importante.  A primeira trabalha fazendo concessões, sempre com o olhar flexível em busca de um bem comum. Dentro dessa concepção que podemos começar a vislumbrar uma alternativa de poder na cidade de Volta Redonda.

Na câmara de vereadores foi lançada a frente “Volta Redonda unida” em torno da candidatura a prefeito do deputado estadual Nelson Gonçalves (PSD), que reúne partidos de variadas vertentes políticas, setores sociais médios e subalternos, de trabalhadores a empresários, de religiosos a pensadores laicos, de liberais democráticos a pós-comunistas. Uma ampla aliança com programa coeso, estratégia focada em superar o atual ciclo de governo, esgotado por sua própria incapacidade de se renovar nos termos da democracia. Em português claro, visa-se derrotar, na política, o grupo sinistro que formou-se a favor da continuidade: América Tereza/Antonio Furtado/Edson Albertassi. Tal grupo é a mistura perversa entre o fisiologismo, o autoritarismo policial e o fundamentalismo religioso.

Falando na convenção que garantiu sua candidatura, Nelson assumiu bandeiras progressistas. Citou Darcy Ribeiro e revelou o sonho de recuperar a educação integral. Também citou medidas para alavancar o crescimento econômico, distribuindo renda e gerando empregos.

O tom da convenção, que se firmou como ato político plural, foi sempre o da esperança. Não a esperança que ilude, mas a que nasce das necessidades da realidade, sempre possível de ser concretizada, pois está sempre lidando com gente real, com coisas reais, fugindo do idealismo ingênuo.

Por isso, se faz tão ampla, por isso cabe na cabeça de tanta gente diferente, por isso incomoda os que veem suas ambições de poder serem ameaçadas. Não por inconsequentes, mas por quem faz política na seara da democracia. A tudo isso eles temem. Por isso temem Nelson Gonçalves.




Um comentário: