Por Adelson Vidal Alves
Xico Graziano, em artigo recente
na Folha de São Paulo, pediu o
retorno de FHC. Seu texto foi publicado em Novembro de 2016. Aqui, repito o
titulo do seu artigo e reforço seu pedido: Volta, FHC. Mais do que nunca
precisamos de um homem do porte do ex-presidente.
O momento em que vivemos é um
dos mais graves de nossa história republicana. Após o correto impeachment de
Dilma, clamou-se por um governo que fosse capaz de reconciliar a nação, aplicar
reformas que equilibrassem as contas públicas com o menor prejuízo possível
para o povo brasileiro. Temer, apesar do esforço respeitável em sua política
econômica, carece de liderança e legitimidade para fazer os ajustes que o
Brasil precisa. Enfrenta impopularidade, e demonstra pouca habilidade para
convencer os brasileiros da necessidade de se reformar o Estado. Ao contrário,
as mudanças que vem propondo na previdência, na educação e no regime das contas
do governo são reprovadas de forma maciça por quase todos os setores de nossa
sociedade. O presidente não consegue pactuar o país e estabelecer consensos.
Na sombra de Temer, a possibilidade
de sua saída por uma cassação da chapa que o elegeu vice-presidente de Dilma.
Caso caia, é o congresso nacional quem decidirá o mandatário maior da nação até
as eleições de 2018. Aqui entraria FHC.
De forma indireta, ou direta, o
retorno de Fernando Henrique Cardoso à presidência seria o alento
que nossa república precisa. Ele tem respaldo nos setores pensantes do país,
respeito internacional e confiança do grande empresariado e também do sistema
financeiro. Assim como foi importante na vitória sobre a inflação e a
consolidação de nossa democracia, FHC chegaria mais uma vez para reorganizar o
Brasil indo além desta crise que o PT nos meteu.
Com ele poderíamos encaminhar
soluções conjuntas num grande pacto entre nação e o Estado com suas
instituições. Um reformismo aos moldes que fez nos seus 8 anos de governo irá recuperar a economia, colocar a política no seu lugar democrático e sarar as
chagas produzidas pela polarização estúpida alimentada pelo PT e o seu próprio
partido.
É FHC o nome ideal para chamar
o povo para uma conversa nacional, arrumar a bagunça da corrupção, solidificar o
país economicamente. Uma saída social-democrata, com um Estado no tamanho
certo, intervindo democraticamente no mercado, incentivando o crescimento
nacional em diálogo com o mundo globalizado. Ninguém melhor que FHC para tomar
essa missão nas mãos.
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