Por Adelson Vidal Alves
Não completamos sequer 100 dias
de governo Samuca e ele já está completamente perdido. Seu começo foi caricato,
o prefeito resolveu dar provas de sua “humildade” indo de ônibus e bicicleta para
o trabalho. Pegou mal. A população logo identificou que o que ele queria mesmo era
aparecer, não sinalizar para uma governança popular. A estratégia de marketing
pessoal, que deu certo com muitos governantes, não funcionou com Samuca, falta
a ele liderança, carisma e uma capacidade de comunicação com o povo.
Passado o tempo, vieram os
primeiros problemas mais graves. Volta Redonda enfrentou (e enfrenta) uma crise
de abastecimento de água jamais vista em sua história, falta água quase todo
dia. Sem medo de se mostrar ridículo, o governo resolveu inventar a tese de uma
suposta sabotagem na autarquia de abastecimento de água, o SAAE. Aqui também a narrativa não funcionou, e seu discurso de gestor foi questionado. Então, foi levantada por Samuca a possibilidade nefasta de privatizar a autarquia. Ele
anunciou um seminário que discutirá esta possibilidade. A medida é impopular e
o prefeito voltou atrás para dizer que nunca falou em privatização.
Porém, o mais cômico ainda
estava por vir. Um chanceler “fake” apareceu em Volta Redonda e Samuca acolheu
o mentiroso com honrarias de Estado. O prefeito acreditou que do Qatar poderia
vir os recursos que nossa cidade precisa. Santa Paciência! É preocupante que um
chefe de governo tome decisões sem ter o mínimo de cuidado de consultar fontes.
Um descuido primário de quem abre a porta para estranhos.
Mas porque em tão pouco tempo
Samuca acumulou tantos vexames e desencontros? A resposta é simples: falta
projeto de cidade.
Para se governar seriamente é
necessário uma visão coesa e coerente de governo. Ter planejamento,
estratégias, caminhos de viabilização e, principalmente, a construção de uma
base de governo. Nada disso aconteceu. Volta Redonda é governada sem rumo,
parece que o prefeito sai ouvindo todo mundo, toma medidas que se chocam no
caminho. Falta direção.
Quem pensa a cidade sabe que é necessário um reformismo urgente, que altere a estrutura de funcionamento da máquina pública. É preciso enxugar a folha de pagamento, fundir secretarias, cortar gastos, equilibrar as contas públicas. Mas para que isso aconteça é necessário um governo, com sustentação na sociedade, no parlamento e de clara proposta programática. Samuca não tem isso. Falta hoje credibilidade e força para que medidas impopulares e necessárias sejam tomadas, no primeiro grito Samuca recua.
Quem pensa a cidade sabe que é necessário um reformismo urgente, que altere a estrutura de funcionamento da máquina pública. É preciso enxugar a folha de pagamento, fundir secretarias, cortar gastos, equilibrar as contas públicas. Mas para que isso aconteça é necessário um governo, com sustentação na sociedade, no parlamento e de clara proposta programática. Samuca não tem isso. Falta hoje credibilidade e força para que medidas impopulares e necessárias sejam tomadas, no primeiro grito Samuca recua.
Um projeto de cidade deveria
ter vindo das eleições, mas sabemos que não veio. Então é necessário que ele
seja construído agora, com inteligência, abertura e diálogo, mas, sobretudo,
com a convicção governamental de um caminho a ser trilhado. A desorganização,
até agora evidente, no entanto, mostra que a cada dia Samuca pensa por uma
cabeça. O timão, pelo jeito, não está com ele. O preço dessa falta de liderança
ele já começa a pagar.
Parece que ele leu seu pedido. Prefeitura anuncia Plano de Reforma Estruturante primeira fase P.R.E.-1
ResponderExcluirhttp://www.portalvr.com/9-noticia-destaque/2370-samuca-silva-anuncia-plano-de-reforma-estruturante
Adelson, cuidado com a simplicidade de "fundir Secretarias". O IPPU NÃO deve ser fundido a Secretaria de Planejamento como foi anunciado tempos atrás. Muito menos, Mobilidade estar sendo tratada na SUSER, uma prática que Samuca está insistindo em seu Governo. Não ouvir os Urbanistas é gravíssimo. Chame a Classe para o diálogo. Como Urbanista afirmo a dificuldade de compreenSão do Governo em nós escutar. Planejamento de cidade é com o IPPU, é com Urbanista e não pra Contador. Temos contador até na SUSER, um exagero.
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